Durante a 32ª Exposição Nacional de Cachaça em Belo Horizonte, a Seapa revelou o projeto chamado Fomento da Excelência da Cachaça Mineira, que envolveu parcerias estratégicas com o IMA, a Secult, o Sebrae Minas e o Sistema Faemg, bem como outras organizações voltadas para o desenvolvimento agrícola e turístico.
O intuito é promover a legalização das bebidas e reduzir a clandestinidade existente no mercado, atendendo a reivindicações antigas dos produtores que operam dentro da lei.
Estima-se que a instigante jornada de negociações do projeto terá início no Prepara Gastronomia, agendado para os dias 4 e 5 de setembro, nas dependências do Sebrae em Belo Horizonte. A estratégia visa a realização de um total de cinco destes encontros até o término do ano de 2023.
O projeto será executado em diferentes abordagens, sendo as principais: encorajar a regularização, realizar eventos oficiais, ministrar palestras sobre saúde sanitária e desenvolvimento de habilidades técnicas, em cidades selecionadas como centros de produção, e promover encontros de negócios tanto em Minas Gerais quanto internacionalmente.
No Brasil, tais iniciativas serão executadas em colaboração com o Sebrae-MG, visando a promoção e disseminação. Adicionalmente, inclui-se no âmbito deste objetivo a revisão das leis de Minas Gerais que estabelecem as normas para a fabricação da bebida alcoólica.
As atividades visam principalmente os fabricantes de cachaça legalizados ou não, que buscam a produção da cachaça de qualidade, donos de bares e restaurantes em busca de oportunidades, empresas organizadoras de eventos, estabelecimentos de alimentos e bebidas, supermercados e profissionais especializados tanto no setor público quanto privado.
Nosso objetivo centraliza-se em impulsionar os produtores já registrados, ao mesmo tempo em que buscamos regularizar aqueles que operam na esfera informal. Da mesma forma que fizemos com o setor queijeiro, estamos desafiando as convenções e convidando os produtores de cachaça de qualidade em Minas Gerais a se unirem a nós na busca por uma produção de alto padrão, com um consumo responsável e consciente,
esclarece Thales Fernandes, secretário de Agricultura.
Segundo a edição mais recente do Anuário da Cachaça, divulgado pelo Ministério da Agricultura, um em cada três municípios brasileiros que se dedicam à produção dessa bebida são localizados em Minas Gerais. O estado possui um destaque significativo como líder nacional na produção de cachaça de alambique, abrigando mais de 350 destilarias especializadas e aproximadamente 2,2 mil marcas diferentes.
Salinas, uma cidade localizada na região norte do Brasil, assume a liderança em termos de ter o maior número de estabelecimentos produtores, totalizando 16. Por outro lado, Córrego Fundo, situado na região sudoeste de Minas Gerais, detém orgulhosamente o título de município com a maior concentração de destilarias de cachaça do Brasil, com uma notável proporção de 643 habitantes por empresa de cachaça.
De acordo com as informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), as vendas internacionais de cachaça produzida em Minas Gerais atingiram um valor total de US$ 2,3 milhões em 2022. Esse montante representa a exportação de mais de 400 mil litros da popular bebida brasileira.
O envio da cachaça abrangeu 17 destinos internacionais, com foco especialmente nos Estados Unidos, Uruguai e Itália.
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