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ReporDesde a criação da primeira versão Cachaça da Tulha Edição Única em 2007, a empresa, atualmente comandada por Dudu Quintella, aposta em técnicas de blendagens consolidadas por outras bebidas e ainda inusitadas no universo do destilado nacional.
“Eles abraçaram o conceito de blend de uma maneira especial, semelhante ao que é feito com o uísque na Escócia”, afirma Maurício Maia, colunista especializado em cachaça de O Estado de São Paulo.
Voltando no tempo, a empresa familiar já produzia cachaça quando recebeu uma sugestão de Edgar Bueno da Costa, um dos fundadores da Cia. Tradicional de Comércio (famosa pelo Pirajá, entre outras casas). “Cachaça é um mercado linear, difícil de se criar, vocês precisam fazer alguma coisa para se destacar”, relembra Dudu.
“Daí, a ideia de fazer um blend veio do Erwin (Weimann). Afinal, se tem uísque que blenda diferentes idades da mesma madeira, a gente ainda podia blendar madeiras diversas, e ter isso como um grande diferencial em nosso portfolio.”
Para a edição 2016, comemorativa de 10 anos, eles foram ainda mais ousados e mesclaram bebidas envelhecidas em 5 madeiras diferentes, com variedade de tempo para o envelhecimento nas mesmas madeiras. Acompanhe o blend:
Para quem acha isso uma bobeira, Maurício Maia é taxativo: “Nós testamos 1% e 2% de amburana e concluímos que, naquela porcentagem mais baixa, era possível adicionar um toque especial no blend como um todo. Investir em 1% de amburana é acreditar em um potencial de sutileza bastante específico e difícil de achar em outras cachaças.”
Anualmente, a combinação perfeita é decidida em um encontro que dura em torno de 2 horas. Nesses momentos exclusivos, especialistas e nomes fortes da gastronomia se reúnem para “brincar de alquimista” e propor a mais variada gama de combinações de sabores.
Em 2016 a Edição Única contou com a participação de Erwin Weimann, Luisa Saliba, da Rota do Acarajé, Gerson Menezes, do grupo Rubaiyat, Marcelo Chuquer, Dudu Quintella e Maurício Maia. Esta é, inclusive, a primeira vez que o produtor, no caso o Dudu, está estampando um dos rótulos da cachaça.
A preocupação com a exclusividade é tão grande, que os rótulos sempre são produzidos por artistas plásticos para a Edição Única. Em 2011 tal característica foi levada tão a sério, que o artista Juarez Fagundes pintou uma grande tela que depois foi recortada em mais de mil pedaços: um para cada garrafa da qual se tornaria rótulo.
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