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Repor“A cachaça alegra os tristes, melhora quem está doente, faz aleijado corre e cego vê de repente…”
A palavra “espirituosa” para descrever os destilados surge no século XIII e resume bem as qualidades medicinais da bebida. Da palavra também deriva os termos “aquavit”, “eau de vie”, aqua vitae, uisce-beatha ou água da vida – os alquimistas acreditavam que nos destilados estavam os segredos da imortalidade.
No Brasil colônia a aguardente de cana era também usada como medicamento e pelo seu potencial calórico e efeitos inebriantes, rações de aguardente eram dadas aos escravos e tropas do Governo Imperial, mas seu consumo recreativo era condenado como imoral e por muitas vezes foi proibido ao longo da sua história.
Em uma das nossas viagens, encontramos no Museu da Cachaça de Paty de Alferes no Rio de Janeiro uma partitura de 1865 com um toque de corneta para a distribuição de aguardente para as tropas do Governo Imperial do Brasil.
Uma revisão da literatura sobre os efeitos do álcool no organismo humano mostra que o consumo regular baixo e moderado de álcool pode trazer alguns benefícios. A quantidade ideal de cachaça a ser consumida varia de acordo com o metabolismo de cada indivíduo, assim como entre homens e mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que o consumo diário ideal é cerca de 30g de álcool (etanol), o que corresponde à praticamente duas doses de cachaça.
O consumo moderado reduz consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares através da diminuição da formação de placas de gordura nas artérias do coração e melhora do perfil de colesterol (especificamente elevação do HDL, o chamado colesterol bom). Além disso, o consumo de álcool pode ajudar no controle de diabetes melitus tipo 2, aumentar a felicidade, reduzir estresse, melhorar a memória de curto prazo, prevenir doenças cardíacas, aumentar a capacidade de resolver problemas e reduzir riscos de Alzheimer.
As cachaças envelhecidas em barris de madeira também apresentam compostos que possuem propriedades antioxidantes e anticoagulantes. A madeira amendoim, por exemplo, é rica em miricetina, um polifenol capaz de ajudar a reduzir as taxas de câncer de próstata. Já o bálsamo, outra madeira brasileira com propriedades medicinais, é rico em eugenol, composto com propriedades anti-inflamatórias também presente no cravo, canela e noz-moscada.
O consumo responsável da cachaça e de outras bebidas alcóolicas de maneira moderada também possui influência positiva em fatores psicológicos e cognitivos. Estudos indicam maior otimismo, maior expectativa de vida, menos quadros de depressão e vida social mais intensa naqueles que apreciam moderadamente. Já existe também consideráveis evidências de que o consumo moderado melhoram alguns aspectos cognitivos, incluindo memória e a capacidade de fazer contas, como argumenta o estudo científico publicado em 2017 na revista Adaptive Human Behavior and Physiology (para ler a pesquisa na integra)
As garrafadas são misturas de cachaça com frutas, raízes, ervas ou até mesmo caranguejos, insetos, morcegos e barbatana de peixes. Usadas como medicamento, elas podem ser encontradas em mercados municipais por todo o país. Abaixo listamos algumas garrafadas que mapeamos depois de realizar entrevistas, visitar mercados municipais e pesquisar bibliografia de estudiosos que identificaram o uso dos botânicos nacionais na medicina popular e seus usos com cachaça. Não há provas científicas da eficácia das infusões listadas e seu consumo e aplicações devem ser feitos com cautela.
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