Nesta última semana de novembro a marca de cachaça Princesa Isabel anunciou que recebeu o selo de Certificação Orgânica, que foi emitido pelo Instituto Chão Vivo, certificadora credenciada ao Ministério da Agricultura para cachaça orgânica.
Esse é um reconhecimento que Adão Cellia, criador da cachaça orgânica, buscava desde o início da Princesa Isabel, que foi estabelecida para ser uma produção cachaceira com o menos impacto possível, em que todo o processo, desde o plantio até a energia consumida pela fazenda, é pensado para ser sustentável.
“A primeira coisa que fizemos quando criamos a Princesa Isabel foi de procurar uma consultoria para nos fazer um diagnóstico e buscar os melhores métodos para caminharmos para uma produção orgânica…o trabalho mais intensivo foi com relação a plantação e manutenção do canavial”, relata Adão Cellia.
Essa questão da plantação é bem interessante. Adão explica que foram desenvolvidas novas práticas com relação ao adubo, que são produzidos na própria fazenda Tupã e que todo o bagaço e vinhoto da cana voltam para o canavial através da compostagem. Outro ponto importante é que foram desenvolvidas bactérias heterotróficas da própria fazenda que são pulverizadas na cana, ao invés do uso de agrotóxicos.
No ano de 2017, o Sebrae deu apoio também para que a produção entrasse nas normas técnicas de produção orgânica e acompanhou durante um ano todo o processo de perto, auxiliando a Princesa Isabel com os POPs (Procedimentos Operacionais Padrão).
Em junho deste ano, a Fazenda Tupã recebeu a instalação de placas de energia fotovoltaicas que produzem energia solar para toda a região da fazenda e também para a capital do Espírito Santo, Vitória, o que tornou a produção 100% auto sustentável.
Além das práticas técnicas, o respeito com a natureza tange todo o pensamento de Adão, que traz isso para os valores da cachaça Princesa Isabel. Um desses exemplos foi o reaproveitamento de uma jaqueira que estava condenada por causa de uma enchente na fazenda, e foi transformada em dornas que envelhecem a Cachaça Princesa Isabel Sete Cores, uma das bebidas do catálogo que mais se diferencia pelo sabor peculiar da madeira.
De acordo com Adão, a ideia de adequar a produção aos padrões da certificação orgânica é mais uma preocupação com o meio ambiente que cerca a região da Fazenda Tupã, do que uma estratégia comercial.
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