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ReporNesta terça-feira, 05/12, o INPI anunciou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) de Indicação de Procedência (IP) para a aguardente de cana e cachaça de Morretes, Paraná. Com essa adição, o INPI agora conta com 119 Indicações Geográficas, sendo 85 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).
A documentação apresentada ao INPI comprova que a produção de cachaça em Morretes remonta ao século XVI. Atualmente, o município é responsável por 30% da produção de aguardente de cana e cachaça no estado do Paraná.
Além da fabricação, os produtores de cachaça de Morretes também abrem seus alambiques para visitas turísticas e degustação, o que contribui para impulsionar a economia local.
A relevância da região como produtora de aguardente, melado, rapadura e açúcar era tão significativa que em 1796, o segundo engenho de açúcar do Brasil foi instalado em Morretes. Nas proximidades do cemitério municipal, a poucos quilômetros do centro histórico, encontra-se o Engenho Central, também conhecido como Engenho dos Malucelli – atualmente abandonado e tomado pelo mato, uma perda para a história local e nacional.
A fama e a qualidade da cachaça de Morretes eram tão reconhecidas que existem registros datados de 1842 sobre sua importação para países como Argentina, Uruguai e Chile. No entanto, nas últimas décadas do século XX, os altos impostos levaram ao fechamento dos diversos alambiques instalados por imigrantes portugueses e italianos ao longo da Estrada do Anhaia. Nessa estrada, é possível encontrar uma roda d’água desativada com 12 metros de diâmetro, além de ruínas de engenhos e tanques de madeira com capacidade para mais de 15 mil litros, datando do século XIX. Seguindo pela Anhaia, encontra-se também o Engenho do Diquinho, que está em atividade desde 1948.
No caso da aguardente, a concessão da Indicação Geográfica foi destinada inicialmente a três empresas que fazem parte da Associação dos Produtores de Cachaça de Morretes (Apocam): Casa Poletto – Ouro de Morretes, Porto Morretes e Magia da Serra. O processo foi registrado no INPI em 27 de março de 2020 e contou com a colaboração do Sebrae – PR para a criação da associação, coleta de documentos, divulgação em veículos de imprensa, obtenção de relatos dos moradores sobre a importância do produto, além de um levantamento abrangendo aspectos econômicos, culturais e históricos.
Agora, com a adição da Cachaça de Morretes, o estado do Paraná conta com um total de 13 produtos registrados com Indicação Geográfica (IG). Além da cachaça, os demais produtos são: Barreado do litoral do Paraná, Bala de Banana de Antonina, Melado de Capanema, Goiaba de Carlópolis, Queijo de Witmarsum, Uvas de Marialva, Café do Norte Pioneiro, Mel do Oeste, Mel de Ortigueira, Erva-mate São Matheus do Sul, Morango do Norte Pioneiro e Vinhos de Bituruna.
Outros nove produtos do Paraná estão aguardando o reconhecimento do INPI: Camomila de Mandirituba, Broas de Centeio de Curityba, Mel de Prudentópolis, Urucum de Paranacity, Queijos do Sudoeste do Paraná, Cracóvia de Prudentópolis, Carne de Onça de Curitiba, Café de Mandaguari e Ponkan de Cerro Azul.
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