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ReporVocê está buscando um novo entretenimento e gosta de surpresas, viagens e boas histórias? Que tal se tornar um colecionador de itens relacionados à cachaça? Iniciar uma coleção deste tipo, além de um delicioso passatempo, é uma maneira prazerosa de conhecer peculiaridades regionais, fazer muitos amigos, caçar tesouros escondidos em alambiques de todo Brasil e, num futuro próximo, até mesmo ter a possibilidade de abrir um museu.
Não foi com estas perspectivas que o catarinense Giovani Moser começou a colecionar itens sobre cachaça, mas depois de reunir aproximadamente 4500 garrafas diferentes, mais de 500 latas e a maior coleção de miniaturas do Brasil, com mais de 8.500 peças coletadas, o funcionário público catarinense se tornou uma espécie de embaixador da cachaça, descobrindo curiosidades acerca da bebida símbolo do país e se tornando então uma confiável fonte para pesquisadores e jornalistas.
Atualmente com mais de 12.500 peças catalogadas, Giovani possui uma espécie de Louvre particular da cachaça, com itens importantes e raríssimos, como uma miniatura da caninha Pelé, a peculiar Pinga da Bica envasada em embalagem Tetra Pak (aquelas de sucos e de leite longa vida), a preciosa lata de alumínio da aguardente paraibana Gostosa Limão, a exclusivíssima lata da centenária caninha paulista Oncinha e a garrafa da edição limitada de três litros da cachaça pernambucana Pitú, lançada exclusivamente para o mercado europeu.
Esta rica trajetória, que fez este colecionador conhecer engenhos, alambiques, museus e personagens ilustres do universo da cachaça, se iniciou em 2000 quando Giovani começou a colecionar garrafas de destilados como uma maneira de substituir uma outra paixão: o hobby de juntar moedas, iniciado aos sete anos, que teve que ser encerrado pela dificuldade em obter novas peças pelo alto preço dos itens.
“Você consegue tirar a coleção do colecionador, mas não sua paixão em colecionar. Aos 18 anos, fiz um curso de barman e comecei a adquirir bebidas diversas para fazer coquetéis e outros drinques e assim iniciei a coleção. Depois de conversar com outros colecionadores em eventos internacionais no Peru em anos seguintes, resolvi focar a coleção de destilados no produto mais brasileiro de minha lista que é a cachaça. Comecei com miniaturas e em 2013, consegui homologar a maior coleção deste tipo de item no país”.
Giovani Moser, colecionador de cachaças
A coleção que começou com miniaturas gradualmente foi se expandido para outros itens como latas, garrafas e engradados, assim como as histórias, viagens, amizades com produtores, colecionadores e participações em eventos ligados à cachaça em todo o país. A atuação de Giovani neste período proporcionou frutos importantes para toda a comunidade da cachaça como a criação do projeto ‘De volta às origens’ em que o catarinense presenteia alambiques com importantes edições de aguardentes, que estavam em posse do colecionador.
“Há certos itens que contam uma história melhor em outras mãos. A ideia deste projeto é fazer com que os próprios produtores possam contar sua história. Proporcionar este resgate me emociona tanto quanto adquirir um item raro, pois percebo a história sendo escrita naquele momento”, conta o colecionador que entre suas doações cedeu uma das primeiras produções da histórica cachaça paraibana Volúpia para o proprietário da cachaçaria. “A família acabou perdendo produtos históricos por conta de um rompimento de uma barragem que inundou a cidade de Alagoa Grande onde fica o alambique. Ajudar a recontar esta história de várias gerações é um grande orgulho que carrego”, finaliza.
Confira a versão virtual do projeto Museu da Cachaça montado por Giovani aqui.
Além de realizar o projeto ‘De volta às origens’, Giovani vem se preparando para num futuro próximo realizar um sonho: transformar o acervo particular localizado em Bombinhas, cidade conhecida pelas belíssimas paisagens litorâneas e a terra da Consertada -bebida típica de cachaça com café-, no primeiro museu físico dedicado à cachaça em Santa Catarina. Para realizar esta ação, o colecionador já visitou todos os museus brasileiros sobre a bebida para obter a expertise necessária para lançar o empreendimento.
“Todo colecionador é um tanto egoísta porque cada produto guarda consigo uma história única que precisa um dia ser exposta. Meu desejo é que o maior número de pessoas conheça a história das cachaças do Brasil e a ideia do museu surge com este propósito”.
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