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ReporAos poucos, o mundo vem se apaixonando por um artigo legitimamente brasileiro: a nossa cachaça, um produto exportado para 77 países nos quatro continentes. O desenvolvimento desta nova rota comercial se deve, entre outros motivos, à promoção das cachaças artesanais e ao esforço de empresários desta área para apresentar ao público estrangeiro uma bebida que ainda não é tão conhecida como a vodka, o whisky, o rum e outros destilados mais internacionalizados.
“Para promover a cachaça no exterior temos que educar o povo a respeito da bebida, apresentá-la como algo novo, diferente do que os estrangeiros já tinham provado. No entanto, quando passamos essa barreira inicial com um público consumidor sofisticado e interessado em bebidas de qualidade”,
Milton Lima, embaixador da cachaça Pindorama
A Pindorama, assim como a Yaguara e a Leblon, faz parte de um seleto grupo de marcas de Cachaças fabricadas por produtores que se aventuraram no concorrido mercado internacional. Quem decide exportar cachaça ainda precisa vencer o considerável desconhecimento sobre a bebida. A receita para introdução em novos mercados tem sido apresentar a bartenders, mixologistas e ao público em geral o quanto a cachaça é eclética, um produto que vai além de uma palavra exótica.
Thyrso Camargo, produtor da Yaguara, bebida exportada para 33 países distintos, explica que a apresentação da cachaça para o público estrangeiro requer cuidado e criatividade do cachaceiro. Em geral, a estratégia consiste em exibir os inúmeros sabores ocasionados pelo envelhecimento em diferentes madeiras e a rica possibilidade de combinações para drinques em eventos, feiras e encontros.
“Para promover a cachaça no exterior, precisamos sempre estar inovando e pensando em formatos criativos de como atrair o consumidor estrangeiro para uma categoria que é somente conhecida no Brasil ou tem como referência a Caipirinha. Tentar mostrar a versatilidade do produto é um dos maiores desafios”.
Thyrso Camargo, produtor da cachaça Yaguara
Os produtores ouvidos pelo Mapa da Cachaça explicam que é comum mercados, restaurantes, bares e pubs principalmente europeus se preocuparem em como são produzidas as bebidas. Diligências sobre os impactos ambientais da produção estão sempre presentes e uma resposta mal formulada pode afastar possíveis compradores que não querem compactuar com desmatamento e outras práticas maléficas.
Para Milton Lima, a consolidação de um nicho mercado internacional das cachaças artesanais é algo irreversível, mas que é preciso refletir e buscar soluções a respeito de alguns entraves que prejudicam o produtor que decide concorrer num mercado com opções variadas como o rum e tequila. “Barreiras burocráticas, impostos altos, faltas de incentivos ao exportador. Sem contar que como um produto unicamente brasileiro, deveríamos ter uma organização que levasse em conta território de origem como vemos nos vinhos e produtos europeus.”
Qual sua experiência com cachaça no exterior? Antigamente, apenas algumas poucas marcas industrializadas eram encontradas fora do Brasil, geralmente classificadas como rum e com preços carríssimos.
Atualmente, já é possível encontrar nos melhores bares do mundo algumas dessas marcas de cachaças de alambique que revelam para o público do o potencial sensorial da cachaça.
Apresentada em 2021 ao público nacional, esta bendita produzida no Vale do Café, região sul do Rio de Janeiro, é uma das cachaças prata que chegou antes no outro lado do Atlântico. Ela iniciou sua trajetória em Portugal, onde mora um dos sócios da marca.
Por lá, os bartenders europeus que exploram os diferenciais da aguardente brasileira, usaram a bebida para a elaboração de novas receitas de drinques e coquetéis de frutas. Todo seu processo de fabricação é realizado de forma 100% artesanal em instalações do século XIX e a cana moída no alambique é produzida de forma orgânica pela própria marca que, além de Portugal, vem exportando para Espanha, Inglaterra e Uruguai.
Lançada simultaneamente no Brasil e no exterior, Yaguara é fruto da experiência de 5 gerações da família Meneghel. A marca produz três linhas de cachaça comercializada de 33 países. A Branca – muito apreciada para a elaboração de coquetéis e drinques; a Ouro – Um blend envelhecido em barris de carvalho americano, cabreúva e amburana; e por último, a Blue – uma das cachaças mais reconhecida pelos bartenders no exterior com envelhecimento realizado por 6 anos em barris de carvalho europeu.
Não é à toa que esta legítima cachaça mineira recebeu o nome de um dos bairros mais boêmios e sofisticados do planeta. Uma das pioneiras a se aventurar em terras americanas e também conhecida por liderar o movimento para legitimação no comércio internacional da cachaça enquanto produto de fabricação exclusiva no Brasil. Envelhecida de quatro a seis meses em barris de carvalho francês, esta cachaça branca de alambique tem na supervisão de sua produção o francês Gilles Merlet, um dos master distillers mais reconhecidos mundialmente, e Carlos Oliveira, diretor da Maison Leblon.
Fruto da paixão pela cachaça de três empreendedores americanos, Nate Whitehouse, Pete Nevenglosky e Mark Christou, Avuá tem apostado no refinamento para a consolidação de uma série que já conta com oito produtos.
Desta forma, a marca vem apresentando boas surpresas com bebidas envelhecidas em diferentes madeiras como a Amburana, o Bálsamo, Jequitibá Rosa e a Tapinhoã. Recentemente, a marca lançou a limitada Edição Avuá Copan, bebida com notas de coco queimado e que teve em sua concepção a colaboração do famoso mixologista Craig Schoettler, diretor-executivo de bebidas da MGM Resorts.
Muito elogiada pelo sabor e pela forma sustentável que produz seus produtos, a cachaça Novo Fogo é um empreendimento do romeno Dragos Axinte, um empresário apaixonado pela Cachaça e pelo Brasil.
Exportada para os Estados Unidos há quase uma década, Novo Fogo é uma das marcas mais consumidas entre os americanos apreciadores da aguardente de cana O terroir de Mata Atlântica típico de Morretes, local onde é produzida a bebida, e uma das tradicionais regiões produtoras de cachaça, garante um processo orgânica, de fermentação natural e com condições propícias para o envelhecimento em diferentes madeiras como a Amburana, a Castanheira do Pará e o Carvalho Americano. A cachaça Novo Fogo Bar Strenght também tem sido bastante elogiada pelos bartenders norte-americanos por ter teor alcoólico mais elevado e favorecer o preparo de coquetéis.
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