Poucos lugares talvez sejam tão icônicos para vender uma imagem sofisticada de Brasil como o Copacabana Palace. O hotel é um marco arquitetônico e cultural não apenas da Era de Ouro do Rio, mas de uma refinada alma carioca que ainda gostamos de invocar — e mais necessária nos tempos atuais.
Por ali passam casais apaixonados e executivos, famílias em férias, magnatas e milionários. Mas passam, sobretudo, muitos estrangeiros interessados em conhecer mais de um espírito brasileiro tão bem transladado ali.
Por isso, é de se reconhecer o trabalho do bartender Plinio da Silva na nova carta de coquetéis que desenvolveu para o Pérgula, o restaurante mais casual que circunda a imponente piscina do hotel e onde o chef João Melo faz uma cozinha eficiente e sem pretensões mas que busca valorização dos ingredientes brasileiros em um menu variado.
Nos drinks, Silva faz o mesmo: caju, cumaru, tiquira, melaço de cana… os sabores brasileiros estão ali, bem representados nas suas criações originais, com foco em bebidas frescas para acompanhar um jantar ou para se tomar sentado na área externa com cheiro de maresia. É o caso do Guava Gin Fizz, com Gin Amázzoni, goiaba, limão, açúcar, água com gás ou do Bellini Brasiliano, que leva caju fresco, vinho espumante.
Mas a mais inteligente cartada de Silva — e somos suspeitos para dizê-lo — foi criar uma seção de coquetéis com cachaça a parte, em que os hóspedes e visitantes podem degustar clássicos da nossa coquetelaria feitos com esmero e com nosso destilado nativo. Há caipirinha, mas também o subestimado Bombeirinho, além de Rabo de Galo, Macunaíma e Capivara. Todos eles ombreando com clássicos da mixologia mundial, no mesmo peso, na mesma medida.
Um jeito de mostrar o Brasil com o que ele tem de melhor: identidade, riqueza cultural, diversidade e um bocado de sofisticação, claro, que a gente precisa valorizar tudo aquilo de bom que temos pra mostrar.
Uma seleção dos melhores artigos do Mapa da Cachaça em diferentes tópicos
O melhor da cachaça no seu e-mail
