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ResetBelo Horizonte, carinhosamente chamada de BH, é conhecida como “Capital Mundial dos Botecos”. A capital mineira ganhou esse título com Lei Municipal 9714/2009 que ainda estabeleceu o terceiro sábado do mês de maio como o Dia Municipal dos Botecos. Segundo levantamento da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio de dados da Prodabel, mostra que a capital tem 28 bares a cada quilômetro quadrado, com aproximadamente 9,5 mil estabelecimentos cadastrados, agora com mais um voltado exclusivamente a bebida mais brasileira de todas, a cachaça!
A ideia de criar uma casa voltada somente para cachaça surgiu dos amigos e empreendedores Thales Campomizzi e Guilherme Costa, que viram uma oportunidade de valorizar a cachaça e os pequenos produtores que por sua vez não tinham espaço nos outros bares e restaurantes. A dupla viajou mais de 5 mil quilômetros pelo interior do estado conhecendo as cachaças e a história dos produtores.
O local escolhido para Cachaçaria Lamparina foi o Mercado Novo, inaugurado em 1960, esteve um pouco parado no tempo e tem retomado suas atividades na região central de BH com uma nova curadoria que preserva antigas características do local, como fachadas, identidades visuais da época e uma criteriosa seleção para entrada de novos empreendimentos que vai da cerveja artesanal, charcutaria, barbearia, gin, cafés direto dos produtores e o que faltava: cachaça!
O conceito da Lamparina é de empório antigo e do interior de Minas Gerais, com um grande e centenário balcão, com as prateleiras cheias de cachaças selecionadas direto dos produtores, com marcas conhecidas e consagradas no mercado como a tradicional Cachaça Século XVIII de Coronel Xavier Chaves e a debutante e já premiada Cachaça Tiê que voou de Aiuruoca para o mundo e foi considerada a terceira melhor branquinha do país em um ranking realizado em 2018. Outros destaques são a aguardente de melado Farrista de Martinho Campos, Cachaça Lenda Mineira de Tarumirim, Melicana de Bom Despacho e a Severina do Popote de Araçuaí, dentre outras preciosidades.
Quando Thales e Guilherme me procuram com a ideia da cachaçaria, achei a proposta bem interessante e sugeri para além das cachaças trabalharem com coquetelaria, trazendo receitas tradicionais e também novos e queridinhos drinks do momento. Lá é possível provar da caipirinha tradicional de limão e cachaça (R$ 15,00), passando pelo Rabo de Galo (R$11,00), servido no copo original, também o “Burrin de Minas” (R$ 15,00) releitura com cachaça do Moscow Mule.
Na Lamparina o sucesso disparado é do coquetel brasileiro que já nasceu clássico, o Macunaíma, que saiu do Bar Boca de Ouro em São Paulo e como a saga do “herói sem nenhum caráter” de Mário de Andrade, saiu em peregrinação pelo país e chegou em BH e já virou o queridinho do momento. Os preços da cachaçaria são bem justos, o Macunaíma sai por R$ 13 e as doses variam de R$ 8,00 a R$ 15,00. Também é possível comprar as garrafas com uma embalagem exclusiva para presente.
Quando a gente pede a dose da cachaça por lá recebemos um “casadinho” que foi uma proposta de harmonização que ajudei a desenvolver, que vai do torresminho ao queijo com melado de cana. É uma delícia acompanhar a caninha acompanhado com petisco de produtores locais ali do próprio mercado.
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