O mercado de bebidas destiladas tem ganhado cada vez mais força no Brasil, o que torna o consumidor mais curioso e ávido por novidades. Para aumentar o portfolio e trazer inovação para as prateleiras, alguns produtores de destilados investem também na produção de outras bebidas como licore de cachaça, aguardente composta e bebida mista.
Podendo ser classificadas como menos alcoólicas, mais doces e com aromas de especiarias e frutas, essas bebidas podem ser muito distintas e versáteis na hora do consumo.
Os licores são bebidas doces produzidas da mistura de uma base destilada com frutas, temperos, flores, sementes, raízes, ervas e um adoçante que por ser sacarose, mel ou glicose.
Segundo a instrução normativa do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), são classificados licores a bebida alcoólica que contém uma graduação alcoólica de 15% a 54% a vinte graus Celsius, com um percentual de açúcar superior a trinta gramas por litro.
O licor provavelmente é uma das bebidas mais antigas do mundo. Receitas foram encontradas em túmulos egípcios e pergaminhos da Grécia antiga, porém foi na Idade Média que os licores se desenvolveram como categoria, principalmente por causa dos monges, que eram os médicos desse período, e faziam diversas receitas de plantas e ervas medicinais em infusão com álcool.
No século XV os italianos se tornaram referência na produção de licores, em que cada casa nobre tinha a própria receita especial. Com a ajuda das especiarias trazidas do Oriente pelo comércio maritmo, novos ingredientes começaram a fazer parte das receitas dos licores europeus.
Os licores são feitos com a adição de ingredientes de origem vegetal (laranja, chocolate, gengibre) ou animal (mel, ovo) a uma base alcoólica destilada (ou até mais de uma) e em seguida adoçado. Existem diversos métodos para extrair os sabores dos frutos e botânicos, como a imersão, maceração, infusão e destilação.
A maioria dos licores tem como base um álcool neutro, sem características sensoriais marcantes. No entanto, é bastante popular no Brasil os chamados licores de cachaça. Como o nome sugere, esses licores têm cachaça como o destilado base da mistura. A maioria são produzidos a partir da infusão de frutas e especiarias como jabuticaba, laranja, maracujá, chocolate, café com cachaça.
A bebida mista tem na regulamentação itens muito semelhantes ao licor, já que caracteriza-se por também ser uma bebida que pode ser feita com a mistura de uma ou mais bebidas alcoólicas, com uma parte não-alcoólica de origem animal ou vegetal.
A diferença se dá que a bebida mista pode ter a de 0,5% a 54% de graduação alcoólica a 20 graus Celsius. Outra diferença importante está na adição de açúcar: licor exige o mínimo de 30 gramas de açúcar por litro, já na bebida mista a adição de açúcar é opcional. Outra diferença é que a bebida mista pode ser gaseificada, desde que possua a graduação alcoólica de até 15%.
Já a aguardente composta é uma bebida que tem a graduação alcoólica entre 38% a 54% por volume e é resultante da adição de aguardente em substâncias de origem vegetal ou animal, segundo o MAPA. A aguardente composta também só pode ter até 6g de sacarose por litro, o que a difere bastante do licor e da bebida mista nesse quesito.
Há no mercado diversas aguardentes compostas, para citar alguns exemplos temos a popular “cachaça de jambu”, a Azulada e a Gabriela Cravo e Canela de Paraty, e Busca Vida.
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