A energia solar é uma das alternativas limpas de geração de eletricidade e alguns produtores de cachaça estão adotando as placas fotovoltaicas nas suas unidades de produção. Além de trazer uma economia em até 90% com os gastos com eletricidade, o uso de energia solar também ajuda a reduzir os impactos no meio ambiente.
Já falamos anteriormente aqui no Mapa sobre as produções sustentáveis de cachaça orgânica, e nesse artigo vamos falar de algumas marcas que buscam trazer mais um atrativo para consumidores ecologicamente conscientes.
A energia solar é indicada na produção agropecuária porque além de ser gratuita e abundante, também é uma das alternativas mais limpas, baratas e eficazes de serem implantadas.
Atualmente os diferentes tipos de instalações com painéis fotovoltaicos permitem o armazenamento por bateria ou a conversão em créditos por conta dos excedentes de energia. Desta forma há a garantia de operação em ocasiões onde a falta de claridade irá existir.
Veja a relação de alambiques que utilizem energia solar na produção de suas cachaças. Se você é produtor e está utilizando alguma fonte renovável de energia, não deixe de escrever para o Mapa da Cachaça: [email protected] para atualizarmos essa lista.
O produtor da cachaça Princesa Isabel, Adão Cellia, implementou o uso de energia fotovoltaica na fazenda Tupã, que entrou em operação em julho deste ano, e garante que a ideia foi de tornar a Princesa Isabel uma cachaça 100% auto sustentável.
Com o benefício da redução dos custos, o produtor também se vê mais perto do reconhecimento de produção sustentável e orgânica, como é o caso da cachaça Sanhaçu, produzida em Chã Grande – Pernambuco. Graças ao comprometimento com a sustentabilidade, a marca conquistou o selo do IBD (Instituto Biodinâmico).
Segundo Otto Barreto Silva, administrador da Sanhaçu, a primeira instalação aconteceu em 2015 e agora em 2019 foi feita a segunda instalação na fazenda com potência total de 5.280 Watts instalados, proporcionando uma geração média de mais 780 kWh/mês.
“O maior retorno para a Sanhaçu foi fortalecer a imagem sustentável da empresa, o números de visitas interessadas no assunto aumentou, inclusive de estudantes ligados à área de engenharia”, .
comenta Otto
Outra marca que viu na energia solar a redução de custos, foi a marca mineira Tiê, de Aiuruoca. Preocupada também em tornar a produção mais sustentável, já que são aproveitados ao máximo todos os recursos disponíveis como o bagaço da cana, foi-se instalada placas solares na fazenda Guapiara no ano de 2015.
De acordo com Arnaldo Ramoska, mestre alambiqueiro e sócio proprietário da Tiê:
“A redução na fatura de energia elétrica foi clara após a implantação do sistema, em períodos fora de safra chegamos a devolver energia para rede da CEMIG (Companhia de Energética de Minas Gerais).”
Arnaldo Ramoska
Outra marca mineira que investiu no sistema foi a Gouveia Brasil, de Turvolândia. De acordo com o master blender da marca, Armando Del Bianco, a instalação completou um ano e ainda é experimental, não contemplando todo o engenho, mas já auxilia em uma redução dos custos totais.
“Pagamos o mínimo da conta, o normal deveria ser R$ 600 por mês se não fossem as placas solares. Outro endereço com mesmo CNPJ ou CPF pode descontar dentro do estado de Minas Gerais”, pontua Armando.
Maurílio Cristófani, proprietário da fazenda Barra Grande, em Itirapuã interior de São Paulo também é um dos que já estão investindo na implantação do sistema de energia solar. De acordo com o produtor, responsável por assinar as cachaças da Santo Grau, a energia fotovoltaica deverá estar em operação até o fim do ano de 2019.
“A energia fotovoltaica implantada deverá fornecer energia para toda a fazenda e também para casas na nossa região de Ribeirão Preto”, comenta Cristófani.
Vale lembram que o sistema de produção da fazenda Barra Grande ainda conserva um moinho d’água do século XIX, que é usado para extrair a garapa da cana-de-açúcar e moer milho para produção do fubá utilizado no processo de fermentação da cachaça, sendo também uma fonte sustentável.
Em Lagoa Grande na Paraíba, Vicente Lemos, da Cachaça Volúpia, começou em fevereiro 2019 a instalar suas placas de geração de energia solar. Atualmente, gera 10.000 kwatts por mês. Toda instalação foi feita com financiamento do Banco do Brasil com prestações mensais equivalentes ao que seria a conta da distribuidora de energia.
“Ao invés de pagar a empresa de eletricidade, eu pago as prestações do banco pelo financiamento. Em 5 anos eu pago todas as prestações do projeto, com garantia de ter o investimento funcional por mais 20 anos . Só não faz quem não tem conhecimento como funciona”, explica Vicente.
O número de produtores de cachaça com sistemas à base de energia solar vem aumentando pelo Brasil. Os produtores aqui destacados mostram que o uso da energia solar gera economia, autonomia e redução de impactos ambientais – e sem dúvida, e um grande diferencial num mercado com tantas marcas e com consumidores cada vez mais preocupados com o meio ambiente.
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