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ResetComeçamos esta semana com uma grande notícia: o acordo entre Dilma e Obama para que os EUA reconheçam a cachaça como produto tipicamente brasileiro, e diferente do Rum, ou Brazilian Rum, como chamavam por lá. Este é uma excelente conquista, e talvez um grande impulso também, visto que algumas marcas de Cachaça podem se animar em preparar um produto bem feitinho para exportar para os EUA e, com isto, alavancar o mercado interno. Infelizmente, não vou poder continuar a coluna apenas com este assunto tão importante para o mundo da cachaça. Desculpem minha falta de empolgação completa, mas ainda falta muito a ser feito pela nossa bebida.
As outras notícias da semana explicam minha postura. “Brasileiro está tomando mais uísque”, diz o Estadão. E, para completar: “Mas tem de ser escocês”. Segundo a reportagem de segunda-feira (09 de abril), a nova classe média tem visto o whisky importado um “luxo acessível”, e tem impulsionado as vendas do setor, que no ano passado alcançaram o equivalente a mais de R$250 milhões de reais. Recorde histórico para o whisky.
Como se não bastasse, a segunda notícia da semana, dada pelo Estado de Minas do dia 7 de abril, “comemora”: Produtor de Cachaça lança vodka. Foram investidos mais de R$1 milhão de reais em uma bebida cujo foco é competir com as marcas importadas, e atingir o jovem. O grupo responsável é a tradicional Ypióca.
Poizé. A festa está feita. As marcas de whisky cada vez investem mais no Brasil. E a gente, nas bebidas que julgamos mais gourmet e elegantes. Nesta semana estive em uma livraria, na seção de gastronomia e bebidas, e pude notar o aumento das publicações envolvendo o Chá – uma bebida pela qual o interesse tem aumentado notadamente. Reportagens, lojinhas novas, “drinks” (não alcoólicos) e marcas “bonitinhas” têm surgido cada vez mais no cenário. Desde que eu lancei meu livro (De Marvada a Bendita), o assunto “chá” já se propagou bastante. Tudo bem, o chá não é alcoólico e não “compete” com a cachaça ou qualquer outra bebida. Mas é só um exemplo de como a dupla mídia + investimento consegue colocar um assunto em pauta de forma rápida e eficiente. No meio dele, também houve a febre do Aperol, e até um barulhinho sobre o Vinho Verde. E eu me pergunto: e a cachaça? Porque, num mesmo período de tempo, ainda não vemos nada tão expressivo sobre a cachaça?
Qualquer desavisado que leia este post poderia pensar: está na cara então que a cachaça não tem nada de muito mais interessante para oferecer. Eu pergunto: será mesmo?ç
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