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ReporGosta de cachaça e ainda não tem roteiro para as férias? Que tal conhecer as cidades que abrigam mais marcas de cachaça? De acordo com o último levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) existem registrados 1131 produtores. A maioria alocados em cidades de até cinquenta mil habitantes. Atualmente, existem 5523 marcas de cachaça em 586 municípios das cinco regiões do país.
Somando a população das cinco cidades que abrigam mais marcas de cachaça no Brasil o número supera 200 mil pessoas, o que equivale a um bairro numa megalópole como São Paulo ou Rio de Janeiro. Estes recantos espalhados pelo país possuem muita história em seus engenhos, destilarias e cachaçarias. Conhecê-los é uma oportunidade de fazer turismo desfrutando praias maravilhosas, trilhas em lugares de natureza única como o semiárido e a mata atlântica, além de paisagens serranas e planaltinas.
Embarcando nestas viagens quem ama cachaça poderá observar o quanto nosso país é multicultural, apreciar sabores singulares vivenciado as distintas formas de brasilidade contidas em cada bebida e contemplar a importância social da cultura cachaceira, que gera mais de 600 mil empregos movimentando a economia de pequenas cidades. Venha conosco conhecer as cinco capitais nacionais da cachaça. Quem sabe uma delas não poderá ser o próximo roteiro de suas férias?
Conhecida por sua mata Atlântica preservada, um centro histórico que abriga o esplendor da arquitetura colonial portuguesa e por sediar a FLIP, o evento literário mais famoso do Brasil, esta belíssima cidade litorânea do Rio de Janeiro tem sua história intimamente ligada à cachaça.
A produção da bebida em Paraty começou ainda no século XVI quando a exploração da cana-de-açúcar foi iniciada pelos portugueses. Três séculos após a fabricação das primeiras cachaças, Paraty faz jus a sua história abrigando 79 marcas de cachaça distintas. Cerca de 20% por cento das marcas fluminenses são fabricadas por produtores da cidade famosa também pelo seu terroir, que é responsável por sabores ímpares como os das cachaças Maria Izabel, Coqueiro e Corisco. Turistar pelos alambiques paratyenses é uma experiência que agrega muita história, um deleite para amantes de aguardente.
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“Na bruma leve das paixões que vem de dentro.” O começo de Anunciação, um dos maiores sucessos do cantor Alceu Valença, bem que poderia ser a descrição desta pequena cidade paraibana, incrustada no Planalto da Borborema, famosa pela neblina e pelo amor à cachaça. A terra natal do famoso pintor Pedro Américo, um dos principais nomes das artes no Brasil-Império, é sinônimo de boas cachaças artesanais desde o século XVII.
Recentemente, o pequeno município, de pouco mais de vinte mil habitantes, recebeu o título de capital paraibana da cachaça. Um mérito que se justifica pois o município abriga 80 das 197 marcas de cachaça de todas as famosas paraibanas. Desta terra com belas trilhas e engenhos importantíssimos para a história nordestina nascem bebidas como a Matuta e a Ipueira. Viajar por essas bandas é uma oportunidade de vivenciar o Caminho dos Engenhos, a famosa rota de produção das famosas cachaças de alambique paraibanas.
Esta pequena cidade de pouco mais de vinte mil habitantes é a prova do quanto a produção de cachaça no Brasil é um fenômeno multicultural. Integrante da Rota Romântica Gaúcha, a lista das cidades colonizadas por alemães no século XIX, Ivoti tem como segunda língua o dialeto riograndenser Hunsrückisch, uma pequena variação do alemão estabelecida pelos imigrantes vindos de Hunsrück.
Famosos por produzirem outros tipos de destilados com o Schnapps e o Steinhäger, os germânicos gostaram da cachaça brasileira e deram um toque especial à bebida que pode ser percebido em aguardentes de excelência como as fabricadas pela centenária cachaçaria Bockorny.
Ivoti significa flor em tupi-guarani, mas bem que poderia ser sinônimo de cachaça, pois a cidade é a origem de 119 marcas de cachaça. Este local de ares europeus abriga 37% das marcas gaúchas, fato que torna Ivoti a capital da cachaça no Rio Grande do Sul. Visitar a cachaçaria multipremiada Weber Haus é um passeio daqueles indispensáveis para todo cachaceiro.
Menor cidade de nossa lista, com menos de 10 mil habitantes, Itaverava é um local que esconde belezas inimagináveis em meio a sua paisagem calma e bucólica. Inserida no Alto Paraopeba, uma das regiões em que foi estabelecido o Ciclo Mineiro do Ouro, o município abriga um valioso patrimônio histórico, que tem como destaque a Igreja de Santo Antônio, matriz da cidade. Erguida no século XVIII, este monumento expõe ao mesmo tempo a força arte barroca e a delicadeza da arquitetura rococó em seu interior opulento em obras artísticas estudadas por historiadores e arquitetos de todo país.
Das terras itaveravenses brotam 159 marcas como a Taverna de Minas, Moinho Seco e a Cipó da Serra. Um bom lugar para fazer turismo rural, curtir a natureza, recarregar as energias e curtir boas cachaças e o melhor da gastronomia interiorana.
Incrustada no norte mineiro, na região do Vale do Jequitinhonha, fica Salinas, cidade reconhecida como capital nacional da cachaça. Com 166 marcas e 23 registros de estabelecimentos produtores, este título é mais do que uma homenagem e representa bem o quanto a cachaça é importante para a economia desta cidade de pouco mais de quarenta mil habitantes.
Além de oferecer sabores como a irresistível Cachaça Havana e a surpreendente Sabiá, um passeio por Salinas proporciona aos amantes da cachaça um encontro com um dos melhores museus da história da cachaça do país. Salinas ainda é um roteiro muito procurado para a profissionalização de quem deseja trabalhar com aguardente. O curso superior de Tecnologia em Produção de Cachaça ministrado pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, único do país com este propósito, vem formando mão-de-obra especializada em áreas que vão desde a plantação da cana até o gerenciamento da fabricação.
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