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ResetA arte de destilar cachaça pode ser influenciada por vários aspectos: tipo de equipamento, tamanho e geometria do alambique, temperatura e tempo de destilação e forma de aquecer a panela de cobre. Apresentamos aqui um guia visual das diferentes formas de se destilar cachaça.
A destilação consiste em aquecer o vinho de cana até a sua fervura, gerando vapores que, ao serem condensados, constituirão num destilado com teor alcoólico de cinco a seis vezes mais alto do que o líquido inicial. Para a produção de cachaça, podemos usar diferentes tipos de equipamentos.
Os chamados produtores da cachaça artesanal destilam em panelas de cobre chamadas de alambiques num processo também conhecido como: destilação por batelada.
Os alambiques à vácuo vão aos poucos sendo incorporados na produção de destilados no Brasil. No exterior, são utilizados principalmente por produtores de gin, mercado em expansão no Brasil, o que nos faz acreditar que em breve veremos mais destilarias de cachaça com esse tipo de equipamento de destilação.
Na prática, o vácuo proporciona uma destilação em temperaturas menores, mantendo uma maior integridade do vinho de cana durante a fervura do caldo e dessa forma favorecendo principalmente a criação de aromas primários e secundários da cachaça: aqueles provenientes da cana-de-açúcar e fermentação.
No mercado da cachaça atualmente apenas os produtores da cachaça Engenho D´Ouro de Paraty utiliza esse tipo de equipamento de destilação.
A coluna de destilação é um equipamento muito utilizado na produção de destilados como gin e vodca pela capacidade de alto rendimento e por produzir um líquido final com alto teor alcoólico. No mercado da cachaça é utilizada pelas chamadas cachaças industriais, que buscam padrão, rendimento e grandes volumes de produção. O estilo de destilação é também chamado de: destilação contínua.
Natanael Bonicontro da cachaça Companheira criou um equipamento de destilação que busca trazer as vantagens e resolver os problemas trazidos tanto pelo alambique de cobre quanto pela coluna de inox. Ele patenteou pratos, instalados na coluna do equipamento de destilação, que reduzem a perda de etanol, facilitam a limpeza dos equipamentos e evita a contaminação do destilado pelo óleo fusel. É a união dos princípios do alambique e da coluna para a produção de uma cachaça de qualidade.
Existe também diferentes maneiras de se aquecer o equipamento de destilação. Veja as principais:
Tradicionalmente os alambiques de cachaça são aquecidos por fogo direto, produzido pela queima do bagaço da própria cana ou lenha.
É o mesmo princípio do fogo direto, mas sem a chama ter contato direto com a panela de cobre.
Nas últimas décadas, as cachaçarias utilizam caldeiras para efetuar o aquecimento do vinho mediante vapor, que atravessa uma serpentina em espiral situada no fundo da panela de cobre. A caldeira permite ajudar o controle de temperatura e vazão, dessa forma dando ao mestre destilador a possibilidade de ajustar a intensidade do aquecimento do vinho de cana.
É uma forma de aquecer o alambique muito comum em destilarias de gin e recomendado para aquecer líquidos que tenham ingredientes botânicos e frutos fermentados com alto teor de açúcar. No banho maria, o alambique é aquecido pela troca de calor com uma caldeira de água quente logo abaixo da panela de cobre.
Existem diferentes estilos de alambiques usados para envelhecer destilados. Por aqui, os classificamos pelo formato da geometria da coluna de destilação: cilíndrica, cônica ou esférica.
Formato mais tradicional para os alambiques de cachaça. É uma geometria de coluna cilíndrica que ficou muito popular entre os produtores de cachaça por conta do trabalho da empresa Alambiques Santa Efigênia, principal fornecedor de equipamentos de destilação no mercado brasileiro.
Se instalado de maneira correta, quando a coluna cilíndrica dispõe internamente de pratos e deflagmador corretamente dimensionados, o alambique tradicional de cachaça é capaz de produzir um destilado de qualidade com apenas uma única destilação.
Os tradicionais alambiques de uísque têm a coluna de destilação de geometria cônica. O uísque é uma bebida muito diferente da cachaça, além de ter como base ingredientes como milho, trigo, centeio ou cevada, a bebida é mais mais rara na sua versão sem envelhecimento, tendo como padrão a bidestilação e a passagem por pelo menos 3 anos em barris de carvalho.
Os tradicionais alambique de conhaque tem formato esférico. Assim como a maioria dos whiskies, a bebida de origem francesa feita de uva é também bidestilada e envelhecida em barris de carvalho. Alguns produtores de cachaça utilizam alambiques com geometria semelhante, como na destilaria da cachaça Coqueiro em Paraty, Rio de Janeiro.
Antigo formato de alambique em 3 partes, conhecido popularmente como alambique Alegria. Conhecemos apenas os produtores da cachaça Magnífica no Vale do Café do Rio de Janeiro que ainda utiliza esse equipamento de destilação.
Os chamados alambiques Chapéu de Padre ou Tromba de Elefante são comuns no norte de Minas Gerais em pequenas destilarias, muitas delas ainda informais. É um equipamento antigo e de baixo rendimento, sendo geralmente aquecidos por fogo direto. A água, quando em contato direto com o capelo (parte do equipamento com formato que lembra um chapéu de padre, por isso o nome popular) esfria e condensa os vapores da destilação. A mais famosa cachaça que utiliza esse equipamento de destilação é a Havana de Salinas, Minas Gerais.
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