Os produtores de cachaça mais inovadores de 2019

  • Publicado 4 anos atrás

Depois de beber muita cachaça boa em 2019, decidimos fazer uma retrospectiva e destacar aquelas que chamaram a atenção por trazerem inovação. Confira os produtores de cachaça mais inovadores do ano.

Alerta: é bom começar esse artigo dizendo que não fizemos um ranking das melhores cachaças de 2019 – tem muita coisa incrível que degustamos e não vamos abordar agora. O objetivo dessa lista é destacar os produtores de cachaça que mais inovaram em 2019.

A nossa seleção abaixo inclusive traz cachaças de diferentes estilos, preços, conceitos, seria injusto classifica-las por mérito de qualidade, o nosso termómetro é agora outro. Nós queremos falar quais foram os produtores que fugiram do lugar comum e trouxeram novidades que vão impulsionar a categoria como um todo.

O objetivo dessa publicação é destacar a inovação no mercado de cachaça, sem a pretenção de julgar qual a melhor, mas com a vontade de mostrar as novas fronteiras exploradas pelos produtores – seja na forma como estão produzindo suas cachaças ou como as posicionam no mercado.

Acreditamos que essa busca por “fugir do padrão” é causada por uma série de fatores, entre eles:

  • os avanços tecnológicos em todas as etapas de produção,
  • a facilidade de adquirir barris e dornas de madeiras distintas (inclusive com tostas),
  • a aproximação dos produtores de cachaça com outras categorias de destilados como gin, rum e whiskey,
  • a profissionalização e maior reconhecimento de figuras ligadas ao processo de produção, como o mestre de alambique e o master blender (mestre de adega),
  • os avanços da coquetelaria com cachaça,
  • e um entendimento do mercado produtor da necessidade de investir em marketing.

Então vamos aos produtores mais inovadores de 2019:

11. Arbórea Carvalho e Maple

Cachaças Arbórea

A cachaça Arbórea acaba de entrar no mercado e já configura na lista das cachaças mais inovadoras de 2019. O produtor Augusto Lima entendeu que para competir num mercado com tantas marcas você precisa trazer um diferencial para se destacar.

E a grande diferença da Arbórea está no uso de uma madeira nunca antes usada para envelhecer cachaça: o bordo (maple, em inglês). Assim como o carvalho, o maple é uma árvore do Hemisfério Norte, sendo inclusive símbolo do Canadá e bem conhecida como fonte para a produção do maple syrup, calda doce produzida ao se extrair a seiva da árvore e muito usada para adoçar as panquecas em cafés da manhã típicos dos norte-americanos.

A combinação do maple com o carvalho traz um blend delicado e complexo. A identificação imediata é com o carvalho, trazendo dulçor de castanhas. Na boca, uma secura agradável, e pouco impacto alcoólico, fazendo da Arbórea Carvalho uma pedida fácil para quem está entrando agora no mundo do destilado brasileiro.

10. Pardin Oloroso: power to the master blender

Pardin Oloroso

Marcelo Pardin aparece como um dos mestres de adega mais inventivos do mercado em 2019. Em um galpão na zona norte de São Paulo ele mói, fermenta, destila e envelhece cachaça. E suas maiores contribuições surgem de misturas de cachaças que passaram por suas diferentes madeiras.

A sua versão Oloroso é um lote de apenas 250 garrafas. E a mistura é repleta de camadas, de extrema complexidade, com madeiras distintas (entra elas um barril de carvalho americano ex-Jerez, um dos poucos do mercado – conhecemos também a linha Santo Grau PX, Santo Grau 5 Botas e Santo Grau Reserva Itirapuã, além da Santa Terezinha Sherry).

A cachaça é composta por carvalho americano novo com tosta 1 e 4 armazenada por 18 meses, carvalho francês antigo armazenado por 24 meses, castanheira tostada armazenada por 24 meses, amburana tostada armazenada por 24 meses. Todas as cachaças passam por barris de 200/225 litros com 52% de teor alcoólico e após blend é padronizada para 45% alcoólicos. Para finalizar, a cachaça permaneceu por 6 meses em barril de carvalho europeu onde foi maturado anteriormente o vinho oloroso.

Essa versão limitada não tem grande pretensão comercial – até pelo pequeno volume, mas revela o desejo de Pardin em construir um blend ambicioso, inovador e com a evidente assinatura do criador (revelando suas preferências e estilo), afinal, esse deveria ser o objetivo de todo master blender.

9. Gouveia Brasil: Aguardente 54%

Gouveia Brasil Aguardente

Cachaça por definição pode ter teor alcoólico entre 38% a 48%. A Gouveia Brasil Aguardente é uma versão com 54% de álcool produzida na destilaria de Turvolândia, então tecnicamente é uma aguardente de cana.

Então temos na nossa lista uma bebida que não é cachaça?… Sim, a ideia é destacar a inovação dentro do mercado da cachaça e a Gouveia Brasil não poderia ficar de fora com sua versão high-proof.

Os produtores da Gouveia estão fortalecendo a categoria dos destilados de cana e construindo o caminho que o rhum agricole trilhou na Europa ao desenvolver um estilo de bebida com mais álcool e sabores mais intensos de cana, sem perder a harmonia e com grande potencial para ser usado na coquetelaria. A bebida, no caso, combina perfeitamente como base para coquetéis cítricos, como uma caipirinha.

Antes da Gouveia Brasil Aguardente apenas a Rainha Paraibana, com 50% de teor alcoólico, se destacava no mercado como alternativa para quem busca mais intensidade alcoólica e com maior presença de sabor de cana.

“Era o destilado que minha geração consumia na juventude, principalmente no interior de Minas Gerais. É uma bebida com grande bagagem histórica, lembrando que a atual ANPAQ, nasceu em 1988 com o nome de Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade (AMPAQ)”, descreve o master blender da Gouveia Brasil, Armando Del Bianco.

A versão 54% da Gouveia Brasil foi lançada em junho de 2019 no Bar Convent São Paulo. E seguindo a linha de aguardentes mais alcoólicas apareceram no mercado boas novidades esse ano também como a cachaça Sanhaçu Origem, uma purinha com 47%.

8. RTD da Destilaria Hof: Rabo de Galo engarrafado

Rabo de Galo Hof

RTD é a sigla para ready to drink, ou traduzindo: pronto para beber. Essas são bebidas engarrafadas em vidro, bag n box ou latinhas que já vem prontas para consumo, basta refrigerar e colocar num copo (algumas nem precisando de gelo) ou tomar diretamente da embalagem.

De acordo com o ForMarkets, o mercado global de RTD tem a previsão de atingir $17.67 bilhões até 2025, com um crescimento de 7.2% de 2018 a 2025.

A modalidade não é nova no mundo das bebidas alcoólicas, mas vem se popularizando entre os chamados produtores artesanais, e a tendência é crescer ainda mais. A estimativa é um crescimento global de 3.32% de 2019 a 2027 no segmento alcoólico.

Além da comodidade, os RTD permitem aos consumidores a escolha, tanto em termos de variedade de novos produtos inovadores, quanto a opção de consumir bebidas mais saudáveis, com teor alcoólico mais baixo, menos quantidade de calorias e menores volumes.

Entre a RTD lançadas nesse ano no mundo da cachaça a que mais chamou atenção dos editores do Mapa da Cachaça foi o Rabo de Galo da destilaria Hof. Fugindo de buscar uma solução engarrafada para a tradicional caipirinha, os produtores de Serra Negra decidiram criar sua versão RTD do clássico coquetel brasileiro que leva vermute e cachaça.

7. Sebastiana, Água de Arcanjo, Werneck: A união fez a força no Canadá

Entre as cachaças mais inovadoras de 2019 apresentamos agora uma iniciativa que envolveu três produtores de estados distintos visando o mesmo mercado, o Canadá!

Uma das soluções mais inovadoras do setor para atingir o mercado internacional foi elaborada por  um pool de produtores de cachaça. Entre eles, Carlos Alberto Mattos, o Beto, produtor da cachaça paulista Sebastiana, Mari das Graças, produtora da Água de Arcanjo de Maquiné no Rio Grande do Sul e Eli Werneck, produtor da Werneck de Rio das Flores no Rio de Janeiro. O grupo se uniu para entrar nas gôndolas dos mercados canadenses através da iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

De acordo com Beto quando surgiu a oportunidade de exportar para o Canadá ele percebeu que a Sebastiana figuraria sozinha ao lado da enorme gama de opções de rum, bebida também a base de cana-de-açúcar que já está melhor estabelecida no mercado internacional. A ideia era fortalecer a categoria cachaça, para que o consumidor canadense pudesse conhecer as variedades de sabores e de marcas.

“Preferi ter concorrência a ter uma aparição pífia com apenas uma marca, além é claro de poder dividir custos de divulgação para a categoria de produtos. Ações institucionais divulgando cachaça e não apenas a Sebastiana”, conta Beto Mattos.

O projeto teve início com 6 produtores artesanais, entre pequeno e médio porte, e até o momento foram aprovadas as marcas Sebastiana, Água de Arcanjo e Werneck.

A iniciativa é um exemplo de inovação, pois além de abrir um novo mercado consumidor no exterior, também ajuda a construir uma categoria de cachaça com a promoção de várias marcas nas gôndolas, o que chama mais atenção e possibilidades para um mercado que tem 60% de consumidores com idade mínima para beber álcool, em que 23% consomem bebidas destiladas.

No Canadá cada província (estado) tem um órgão responsável pela compra e comercialização dos produtos que é realizada através de uma agência comercial pré-definida em contrato, e esse processo é extremamente burocrático. De acordo com Mattos, foi um ano para a aprovação da negociação e atualmente as cachaças são comercializadas nos estados de Quebec e Ontário.

“É trabalhoso, mas muito satisfatório. A partir do momento que o cliente final entende que cachaça não é aquele produto utilizado apenas para fazer caipirinha e percebe a qualidade de nossos produtos a revenda se torna automática”, conclui Mattos.

6. Tiara Barril Único na Casa Cor

Cachaca Tiara Barril Unico

O casal da cachaça Tiara, Gabriela e Juliano Siqueira, representa a cara do novo produtor da cachaça: jovens empreendedores que assumem uma tradição familiar e inovam com ações, produtos e marketing modernos.

A cachaça mineira Tiara, de Barra Longa, chamou atenção este ano ao lançar em setembro uma edição limitada de uma cachaça de barril único, ou também conhecida no mundo das bebidas como single barrel.

A ideia do lote único do mesmo barril surgiu quando o especialista em cachaça e master blender Leandro Marelli foi fazer uma avaliação das cachaças envelhecidas da Tiara.

Entre 50 barris de carvalho europeu avaliados, o de número 3 chamou a atenção do profissional por conta do perfil sensorial único. Como são barris de reaproveitamento de outras bebidas, os produtores da Tiara não sabem bem o que contribuiu exatamente para essa especialidade, porém sabem que foi algo muito bom que conferiu um perfil diferenciado à cachaça.

Para comprovar tal originalidade, os produtores da Tiara convidaram Cauré Portugal para fazer uma análise sensorial mais detalhada do produto, em que foi comprovada a característica de ser uma cachaça extra-premium selected barrel de 4 anos de envelhecimento em carvalho europeu.

“Notas florais de alfazema desabrocham ao olfato, seguidas por uma mistura bem harmonizada, com predominância de aromas a avelã e frutas passas alicoradas. Seu descanso em taça revela ainda uma evolução olfativa bem estruturada e desperta certas notas vegetais a tomilho e alecrim, sutilmente intercaladas por um fino toque a mel silvestre”

analisa Cauré Portugal, especialista em cachaças.

Além da descoberta do barril número 3, outro acontecimento importante contribuiu para um lançamento especial desse lote. O Sebrae em parceria com a Casa Cor Minas fizeram um convite para que a Tiara fizesse um rótulo diferente para a exposição de 2019.

“Propomos então que fizessem essa ação com a cachaça que havíamos descoberto, porque a gente queria um produto bem exclusivo, bem único, e acabou encaixando direitinho com essa proposta inovadora do Sebrae e dos profissionais envolvidos”, relata Gabriela Lanna, um dos nomes por trás do desenvolvimento da cachaça Tiara.

Assim, durante a 25ª Casa Cor Minas foi-se lançada 333 garrafas da Tiara Barril Único com um novo design criado pelo estúdio do designer Gustavo Greco, que teve como objetivo transmitir o conceito da cachaça como peça de arte.

5. Princesa Isabel Cana Caiana, Escola Varietal

Princesa ISabel Cana caiana

A variedade da matéria-prima influencia nas características sensoriais do destilado? Nós no Mapa da Cachaça acreditamos que sim, e não estamos sozinhos. Adão Cellia, produtor da Princesa Isabel, acredita na produção de cachaças que destaquem a variedade da cana-de-açúcar.

Falar sobre variedade de cana ainda é tema tabu entre alguns produtores, o que coloca a Princesa Isabel Cana Caiana na nossa lista de cachaça inovadoras do ano. Apesar de não ter sido a primeira cachaça varietal do mercado (Fascinação, Tabaroa e Encantos da Marquesa já destacavam o poder das suas canas), a Princesa Isabel traz esse conceito de forma organizada e coerente dentro de seu portfolio e com a proposta de criar diálogo com o mercado produtor e consumidor.

“Não temos dúvida nenhuma que as diferentes variedades da cana influenciam e interferem significamente na qualidade e diferenças da cachaça, a cana tem esse papel extremamente relevante! No caso da Caiana, ela já é conhecida aí por resultar em uma cachaça diferente, com muito sabor de cana”, explica Adão Cellia.

4. Novo Fogo – Projeto Un-Endanger: salvando árvores da extinção

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A engenheira ambiental Sílvia (à dir.) projeto Novo Fogo

A dificuldade de encontrar barris de cachaça produzidos com madeira brasileira obtida de forma sustentável motivou os produtores das cachaças Novo Fogo e Porto Morretes, da destilaria Porto Morretes do Paraná, a criar o projeto Un-Endanger: Salvando Árvores da Extinção.

Luke McKinley, diretor de marketing da Novo Fogo, acredita que o projeto é um passo importante para recuperar algumas das espécies nobres da Mata Atlântica e como produtor de cachaça se anima com a possibilidade da iniciativa garantir que no futuro possa ter certeza de que barris de madeira nativas possam vir de fontes sustentáveis.

“Para a Novo Fogo, nosso projeto de reflorestamento é nossa história mais importante para explicar a conexão entre cachaça—uma bebida e patrimônio brasileiro—e o estado das florestas e ecossistemas do Brasil. O Projeto Un-Endanger é uma das nossas conexões mais fortes entre cachaça e sustentabilidade”, conclui McKinley

3. Pirajá Santo Grau – Blend Colaborativo 2019

cachaça Pirajá

Que tal um blend de cachaça criado de forma colaborativa? E se ele foi criado para um dos bares mais populares de São Paulo? E ainda apenas com a colaboração de mulheres que se destacam em vários ramos da indústria de comidas e bebidas? Essa boa mistura faz da Pirajá Santo Grau 2019 uma das cachaças mais inovadoras do ano!

Em 2019, a marca Santo Grau da Natique lançou a 2ª edição da cachaça especialmente desenvolvida para o bar Pirajá, de São Paulo. Com curadoria de Isadora Fornari, a contribuição deste ano surpreendeu ao envolver somente mulheres no processo de criação do blend exclusivo.

Como toda edição, são sempre convidados profissionais de diversificadas áreas, que vão desde consultores, bartenders a chefs de cozinha, porém dessa vez todas elas foram mulheres. De acordo com Isadora, a ideia surgiu porque muitas vezes a mulher é estigmatizada na cachaça, sendo apenas representada em arte de um rótulo com apelo sexual, e nunca como parte da história. A ideia era inverter esse processo e tornar as mulheres ‘donas’ da branquinha.

Fechando o ciclo no objetivo de valorizar e trazer mais consciência sobre equidade de gênero, 15% das vendas da Pirajá 2019 foram revertidas para o projeto As Minas

“É a bebida com mais mães no mundo! (risos) O objetivo em trazer mulheres muito distintas entre si foi traduzir sensibilidade e carinho em algo criado especialmente por elas. Um líquido com camadas diversas, boa complexidade mas aprazível e de fácil compreensão. A intenção foi abraçar os sentidos com personalidade mostrando sensorialmente que podemos e devemos nos unir como mulheres e como pessoas. Essa cachaça é um presente a todos degustadores!” – Isadora Fornari, especialista em cachaça.

Lívia Teixeira, do marketing da Natique (empresa responsável pela Santo Grau), ressalta que foi feito um evento somente com as mulheres convidadas em que foram feitos 3 blends diferentes e dentre eles teve uma votação aberta para o público, em que o vencedor foi um blend de 80% cachaça branca, 3% de cachaça envelhecida em amburana e 17% de cachaça envelhecida em carvalho.

Entre as participantes estavam a Cafira Foz, do Fitó restaurante, Kátia Barbosa, do Aconchego Carioca, Mariana Rezende, do Bar da Frente, Irina Cordeiro, chef de cozinha.

Lançado no Dia da Cachaça, 13 de setembro, o resultado dessa colaboração foi um lote especial que é vendido em todas as lojas da Pirajá e seguirá até acabar, ou até o próximo lançamento da nova Santo Grau em colaboração com o bar paulistano, que deve acontecer na metade do ano de 2020.

2. Engenho D’Ouro a vácuo

engenho douro vacuo

Num dos berços da cachaça no Brasil surge uma das maiores inovação de 2019. Em Paraty, no comecinho da Estrada Real sentido Cunha, Norival Carneiro, em parceria com o consultor Ricardo Zarattini, lança a primeira cachaça destilada a vácuo, a Engenho D’Ouro Cold Distilled.

Falamos animados sobre essa inovação porque, tirando Natanael Bonicontro, produtor da cachaça Companheira, que desenvolveu uma coluna de inox inédita para destilação, em 2019, muito pouco foi discutido sobre o papel dos destiladores na definição dos sabores da cachaça. Esperamos que essa iniciativa colabore para o desenvolvimento do tema dentro do mercado produtor e por isso a destacamos entre os mais importantes lançamentos do ano.

“O calor da destilação no alambique normal degrada as substâncias naturais e os óleos essenciais não ficam em temperaturas muito altas. Quando a destilação é feito a vácuo, você tem uma menor temperatura e o vapor reduz a 50%, o que resulta em uma cachaça com aroma mais suave e um sabor mais natural” relata Zarattini.

A criação do primeiro equipamento de destilação a vácuo do Brasil para produção comercial de cachaça também mostra o momento do mercado de destilados no país, que avança não apenas na técnica, mas também no potencial de criação de novas bebidas – considerando que equipamentos como esse estimulam e facilitam a produção de outras aguardentes como gins e snaps.

A Engenho D’Ouro Cold Distilled traz aromas adocicados e vegetais (cana fresca) e leve toque de malte. A cachaça começa doce e termina com acidez moderada, enchendo a boca d’água. A cachaça não foge muito das suas irmãs destiladas nos tradicionais alambiques de cobre de Paraty, e reforça as características do terroir, trazendo corpo e oleosidade típicos das cachaças da região.

1. Santa Terezinha Kraft

Santa Terezinha Krafted

Artista: não existe melhor definição para descrever Adwalter Menegatti, criador da cachaça Santa Terezinha do Espírito Santo e um dos mestre de adegas mais inventivos do Brasil.

Não é de hoje que Adwalter inova com seus blends, tendo na sua versão Santa Terezinha Sassafrás sua criação mais inspirada desde então. Como todo artista que se preze, a inovação e a criatividade são marcas registradas nas assinaturas de Adwalter. E em 2019, ele conseguiu nos surpreender novamente com sua Santa Terezinha Kraft.

A cachaça traz na simplicidade seu grande diferencial. Não estamos falando de um blend complexo de madeiras ou de uma fermentação com leveduras importadas de outro continente. Todo sabor inovador da Kraft vem de um ingrediente simples e básico para a produção de cachaça: a cana-de-açúcar.

Após a destilação, a cachaça é filtrada em fibras de bagaço fresco! Ao filtrar a cachaça no bagaço recém moído, a cachaça ganha corpo, leve adocicado, além de um toque amarelado (não leva madeira). O processo inovador incorpora sabor suave e delicado, equilibrado com leve acidez e potente teor alcoólico. A recomendação é consumir gelada, quando ganha ainda mais corpo, ficando cremosa e muito refrescante.

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