There are no results matching your search.
ResetDepois de uma noite bem dormida em Ivoti, num hotel que mais parecia um castelo europeu, continuamos a viagem explorando os alambiques do Rio Grande do Sul. Se no dia anterior, ao visitar a cachaça [cachaca id=”7665″]Weber Haus[/cachaca], conhecemos uma colônia alemã, agora nosso rumo era até a cidade de Santa Tereza, uma pequena colonia de italianos, onde fica o alambique do Ivandro Remus, produtor das cachaças[cachaca id=”10049″]Velho Alambique[/cachaca] e [cachaca id=”3773″]A Locomotiva[/cachaca].
Santa Tereza é uma cidadezinha de 1.700 habitantes às margens do Rio Taquari (também conhecido como Rio das Antas), apenas 70 metros acima do nível do mar. Pelas terras baixas, alguns pontos da cidade alagam na época da cheia do rio, que apesar dos inconvenientes trazidos pela água, favorece um solo bom para a uva e para cana-de-açúcar. As serras envolta da cidade também ajudam a reter o calor na região. Nunca imaginei que seria tão quente no sul do Brasil – mesmo no verão.
A colonização em Santa Tereza iniciou-se em 1875, com a vinda de imigrantes poloneses e italianos que se instalaram nesse pequeno município da Serra Gaúcha. Chegando na cidade, já fui recepcionado pelo seu belo cartão postal: a Torre da Igreja Matriz construída há 100 anos em homenagem aos primeiros colonos italianos. A construção é uma réplica de uma torre na Itália, na Igreja de San Biaggio de Calalta – cidade irmã de Santa Tereza.
Nosso anfitrião foi Ivandro Remus, produtor das cachaças e conhecedor da cultura e costumes da região. Ivandro é um cara que tem orgulho da sua cidade e do que ela representa. Logo que chegamos em Santa Tereza, ele fez questão de nos levar na rua principal, onde vimos os casarões centenários que foram reconhecidos como patrimônio histórico pelo Iphan. Uma dessas casas de madeira foi a primeira fábrica de gaita do país, a Todeschini, criada em 1915.
O alambique das cachaças Velho Alambique e A Locomotiva fica a 1 km do centro da cidade e a 17 km do Vale do Vinhedo. Para turistas que gostam de vinho, passar pelos alambiques de cachaça dessa região também é um passeio muito rico, considerando a bela paisagem, o artesanato e a qualidade da gastronomia e das cachaças artesanais. Não é difícil, inclusive, encontrar uma boa pousada para passar um final de semana tomando cachaça, vinho e comendo o melhor da comida gaúcha, alemã ou italiana.
Ivandro fundou a Agroindustria Remus e Bettinelli em julho de 2010, quando procurou o Sr. Paulo Bettinelli para formalizar uma sociedade. Hoje, o alambique é tocado pelas duas famílias: Ivandro e sua esposa Viviane, o Paulo e sua esposa Maria e seu filho Michel Batista Bettineli, também sócio da empresa. A produção das cachaças de Santa Tereza é toda feita pelas famílias, prática muito comum no país, e que torna a produção do destilado brasileiro ainda mais especial. Mesmo grandes marcas de cachaça industrializada, como a Ypióca, são reconhecidas pela produção familiar passada por gerações.
Quando chegamos no alambique a recepção foi a mais calorosa e amigável possível. Vindo de família de descendentes italianos, me senti como num almoço de domingo na casa da Nona, comendo macarrão caseiro e galeto (que mais tarde descobri ser pombas domésticas! – uma delícia típica da Santa Tereza).
Apesar do alambique do Ivandro ter menos de 20 anos, a história da cachaça na região é antiga, com mais de 100 anos de tradição. A cachaça [cachaca id=”10054″]Velho Alambique[/cachaca] foi a primeira cachaça produzida pela empresa e apresenta duas versões: um blend das madeiras carvalho, grápia e angico e uma versão branca, sem passar por madeira. [cachaca id=”3773″]A Locomotiva[/cachaca] é a cachaça mais nova e apresenta as mesmas versões blend e branca – o seu nome faz referência à locomotiva que corta Santa Tereza e passa ao lado do alambique, deixando a visita ainda mais charmosa.
Uma seleção dos melhores artigos do Mapa da Cachaça em diferentes tópicos
There are no results matching your search.
ResetO melhor da cachaça no seu e-mail